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LGPD avisa: não crie dados pessoais de estimação!

Existe uma mania que acabamos “carregando” para o ambiente de trabalho, que se não for deixada pra trás, será um perigo. Trata-se do apego, neste caso o “apego aos dados pessoais”. Sim, ele existe! E é mais comum do que se possa imaginar. Sabe aquela roupa que se guarda esperando um evento especial para vestir, mas que acaba esquecendo no fundo da gaveta ou trocando por outra opção? Daí o tempo passa, a roupa “sai de moda”, mas a decisão é guardá-la, afinal, vai que a moda volte?

No ambiente corporativo também acontece coisa parecida. No trabalho o que se guarda em “gavetas e armários” (leia-se arquivos físicos em geral e arquivos digitais) muitas vezes são dados pessoais, é aí que mora o perigo! Uma imobiliária que manteve em sua base por anos a fio, sem a devida cautela ou respaldo legal, os dados dos visitantes de seu “stand’ no feirão de imóveis, com a intenção de no futuro oferecer-lhes um de seus empreendimentos ou de vir a compartilha-los com uma empresa parceira, em troca de alguma vantagem.

O RH que armazenou por mais de 3 anos o currículo de um candidato que não atendeu a todos os requisitos da vaga para uma eventual oportunidade, tendo este candidato dado seu consentimento para esta finalidade, porém com prazo para aproveitamento curricular de 1 ano. Não havendo, portanto, cobertura legal para os últimos 2 anos em que o documento “vagou” entre o RH e outros setores da empresa.

Não dá para ficar “criando dados de estimação” pensando que um dia possam servir. Não há mais espaço para o “vai que”.

Os dados pessoais só poderão ser coletados pelas organizações para atender a uma finalidade legítima, específica, explícita e informada. Além disso, é preciso oferecer segurança adequada em todo ciclo de vida dos dados pessoais, que vai desde a coleta até o descarte.

Quanto mais dados pessoais são tratados maior será a responsabilidade de quem os utiliza.

Urge a necessidade das empresas abrirem “armários e gavetas”(mesmo os que estão em nuvem) para saber o que contém, de maneira bem conduzida e estruturada, é claro! para daí dar os passos seguintes, com toda segurança e assertividade.

Lembre-se, nada de excesso, nada de “vai que eu precise um dia”.

Menos é mais!

Pense nisto!

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